El periodista brasileño, Pitter Lucena denuncia que recibe amenazas de muerte por investigar la supuesta «masacre del Porvenir», ocurrido en el mes de septiembre del año 2008, en el departamento de Pando, con saldo trágico de 17 muertos, decenas de heridos y muchas personas autoexiliadas en Brasil.
«Veo eso como punto de intimidación para no proseguir con el trabajo que vengo haciendo con los refugiados que huyeron de la prisión o muerte de la dictadura boliviana. Comuniqué el caso a un delegado de la Policía Federal, en Brasilia, para saber de dónde se originan esas amenazas», asevero el periodista Lucena, al portal digital Oalto Acre.
La hipótesis de la investigación de este periodista está en la sospecha de que «el baño de sangre en la frontera de Acre (que) fue atribuido al entonces gobernador de Departamento de Pando, Leopoldo Fernández, pero informaciones privilegiadas apuntan a un plan arquitecto por el presidente Evo Morales para aniquilar a sus adversarios políticos en varios estados del país vecino», señala el argumento publicado en el portal mencionado.
Las amenazas se habrían efectuado mediante llamadas anónimas o camufladas después de haberse contactado con pandinos refugiados en Brasil. En una de esas amenazas efectuadas el 20 de noviembre, «un hombre afirmó que el reportero estaría ‘moviendo donde no debería’ y que pronto recibiría visitas para poner un punto final sobre el asunto».
«Las llamadas telefónicas con la amenazas comenzaron poco después de que el periodista tuvo contacto con un alto funcionario del Poder Judicial boliviano, refugiado en Brasil. Lucena afirma no tener duda de que los refugiados están siendo monitoreados en territorio brasileño, resta saber quién controla la vida de esas personas», relata el portal Oalto Acre.
El periodista habría visitado la ciudad de Cobija en el mes de septiembre para recabar información y testimonios que incluirá en su libro a ser presentado el año 2020. Para el periodista brasileño Pitter Lucena, también despierta sospechas la muerte en agosto de 2017 del ex senador pandino Roger Pinto, cuando él era un piloto experimentado y la aeronave siniestrada en las afueras de Brasilia, era nueva (fabricada en 2010).
GPA/ja
A continuación reproducimos la publicación sobre el periodistas efectuada en el portal brasileño Oalto Acre:
Jornalista Pitter Lucena sofre ameaças por investigar massacre de Pando
O jornalista acreano Pitter Lucena vem recebendo ameaças de morte após o início de uma investigação sobre o massacre de Pando, na Bolívia, em setembro de 2008, que resultou na morte de 17 camponeses, dezenas de prisões, além da fuga de centenas de bolivianos para o Brasil. O banho de sangue na fronteira do Acre foi atribuído ao então governador de Departamento de Pando, Leopoldo Fernandez, mas informações privilegiadas apontam para um plano arquitetado pelo presidente Evo Morales para aniquilar seus adversários políticos em vários estados do País vizinho.
As ameaças estão sendo feitas através de ligações telefônicas, cujos números e nomes são de pessoas amigas do jornalista, desta forma se esconde as verdadeiras identidades dos ameaçadores. Numa dessas ligações feitas no dia 20 de novembro, um homem afirmou que o repórter estaria “mexendo onde não deveria” e, que em breve, receberia visitas para colocar um ponto final sobre o assunto.
“Vejo isso como ponto de intimidação para não prosseguir com o trabalho que venho fazendo com os refugiados que fugiram da prisão ou morte da ditadura boliviana. Comuniquei o caso a um delegado da Policia Federal, em Brasília, para saber de onde são originadas essas ameaças”, disse Lucena.
As ligações de ameaças tiveram início logo depois que o jornalista teve contato com um alto funcionário do Poder Judiciário boliviano, refugiado no Brasil. Lucena afirma não ter dúvida de que os refugiados estão sendo monitorados em território brasileiro, resta saber quem controla a vida dessas pessoas.
Em setembro o jornalista esteve na cidade de Cobija, palco do massacre, para levantar informações e fazer contato com os refugiados que residem na fronteira brasileira. O objetivo, depois de todo o material coletado, será a produção de um livro sobre a vida dessas famílias que fugiram da morte na Bolívia e, que vivem em situação de miséria no Acre.
Dois políticos, principais opositores de Evo Morales, estão fora de combate. O ex-governador Leopoldo Fernandez, acusado pelo presidente de ser o mentor do massacre, está preso em La Paz; o ex-senador Roger Pinto Molina, está morto, vítima de um acidente aéreo nos arredores de Brasília, em agosto de 2017.
A morte do ex-senador Molina em acidente aéreo é outro ponto em questionamento pelo jornalista. A aeronave era nova, fabricada em 2010, além do político ser piloto e dono do avião. Além das investigações do acidente pelas as autoridades brasileiras, Lucena busca outras versões para o fato no Brasil e nos Estados Unidos da América.
O livro deverá está concluído em dezembro de 2020.